terça-feira, 3 de junho de 2014

Criança espera há quase dois anos por cirurgia no HC/UFTM

Espera por cirurgia deixa mãe preocupada com estado de saúde do filho, de apenas quatro anos. Segundo a profissional de serviços gerais Ellen Carla Rodrigues, há um ano e meio o filho espera pela realização de uma cirurgia de hérnia umbilical. Em dezembro de 2012 o procedimento chegou a ser agendado, mas não foi possível ser realizado, pois um pouco antes ele teve febre alta e os médicos acharam melhor suspender e marcar outra data.

Desde então, Ellen aguarda ansiosa a ligação do setor de pediatria do Hospital de Clínicas comunicando a data da operação. “Estou muito apreensiva, vejo o quanto o meu menino está sofrendo, precisa passar por essa operação e não nos informam sobre a data. Já são quase dois anos esperando, e o telefone não toca. Quando fui agendar a cirurgia, em 2012, realizamos todos os procedimentos necessários, nos preparamos, mas não foi possível, a febre estava alta e acharam melhor não arriscar. Também concordei, era a saúde do meu filho e não poderia ficar pior, mas não imaginei que iria demorar tanto para agendar uma nova data, isso não é certo, ele está sentindo dores e precisa operar”, explica Ellen.

De acordo com a profissional de serviços gerais, ela procurou o Hospital de Clínicas diversas vezes, em uma delas conseguiu conversar com a médica que atendia o filho em 2012, pois agora já é outro profissional, e ela disse para esperar que o hospital entraria em contato, e já havia se esquecido deste caso, mas, agora que lembrou, a operação sairia em breve. Mas não ligaram para Ellen, que, depois de esperar por meses, procurou novamente o hospital, e disseram que falta leito e por isso não teria como fazer a operação agora. “Não fiquei esperando em casa, já fui diversas vezes ao HC, em um desses momentos cheguei a esperar o dia todo por uma resposta e mesmo assim saí do local sem informação. Já tentei de tudo, chorei quando estive lá e mesmo assim essa operação não é agendada. Meu telefone é o mesmo e fico ao lado dele o tempo todo, mas nunca me ligam”, afirma Ellen.

A mãe conta ainda que cuidar do filho está cada vez mais difícil, ela precisa trabalhar e deixa-o no Centro de Educação Infantil do bairro em que mora, no Jardim Copacabana, entretanto, as professoras ficam preocupadas, com medo de que algo aconteça. Em casa também não é fácil. Ela conta que não tem carro e, quando ele sente dores, é precisar levar ao hospital, necessita percorrer uma longa distância até o ponto de ônibus. Procurada pelo Jornal da Manhã, a assessoria de imprensa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro disse que a questão foi encaminhada à Gerência de Atenção à Saúde. No entanto, até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi encaminhada.

Foto e fonte: Jornal da Manhã (03/06/2014).

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