Um mês atrás, o jornal Gazeta do Povo (Curitiba/PR) veiculou matéria sobre o valor de R$ 3,00* por refeição, praticado nos restaurantes universitários da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR.
Sob o título "Na fila do bandejão mais caro do Brasil", a reportagem mapeou o preço por refeição cobrado ao estudante em praticamente todas as universidades federais do país. Publicado em 15/4/2014, o texto não traz referência ao Restaurante Universitário da UFTM - RU/UFTM, inaugurado na última quinta-feira (15/5), com meses de atraso e às vésperas da escolha do novo reitor.
Sem os R$ 5,85 cobrados no RU/UFTM, a Gazeta do Povo colocava então os R$ 3,00 da UTFPR no "grupo dos bandejões mais caros do Brasil":
"VONTADE POLÍTICA"
O jornal foi além e checou "outros exemplos", com destaque para a Universidade Federal Fluminense - UFF (R$ 0,70) e a Universidade Federal Rural da Amazônia - Ufra (R$ 0,00).
Na Universidade Federal do Piauí - UFPI, diz a matéria, "todos os estudantes têm direito a almoçar ou jantar no restaurante universitário por apenas R$ 0,80. Além disso, alunos que dependem de bolsa para se manter na faculdade não pagam nada."
Nas palavras de Nadir do Nascimento Nogueira, pró-reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários - Praec/UFPI, "o RU é uma política de assistência estudantil, priorizada pela Reitoria para manter o aluno mais tempo na universidade. É uma vontade política porque temos que tirar o dinheiro de algum lugar para manter esse padrão."
Para a pró-reitora, "quando o serviço é 100% terceirizado, os bandejões acabam saindo muito mais caro, de R$ 6 a R$ 8 em média, e isso dificulta manter o preço e a qualidade das refeições."
RU/UFTM: O MAIS CARO DO BRASIL
Uma rápida pesquisa permite ampliar a constatação sobre os desproporcionais R$ 5,85 cobrados no RU/UFTM. Além das universidades federais citadas pela Gazeta do Povo, a atualização do ranking inclui outras 4 universidades: Universidade Federal do Paraná - UFPR, Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ e Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP (Diadema).
Eis o resultado:
R$ 5,85 NÃO DÁ!
Certamente não deve servir de alento aos estudantes do "grupo dos bandejões mais caros do Brasil" saber que a "honraria" mudou de refeitório.
No entanto, os estudantes da UFTM precisam estar cientes de que pagam a refeição mais cara entre todas as 59 universidades geridas pelo governo federal. Compreensão que não ocorrerá com base no oba-oba estampado pela comunicação institucional da universidade.
O confete oficial contrasta com a gravidade real da situação. O problema é sério e merece ser tratado com responsabilidade.
Considerando a terceirização mencionada pela pró-reitora da UFPI como um tema de médio prazo que deve ser enfrentado na UFTM, a solução mais imediata para combater os R$ 5,85 já foi apresentada pela Chapa 1 - UFTM Somos Todos Nós, durante debate com o segmento discente realizado em 30/4.
Na ocasião, os candidatos Fábio e Laura defenderam uma política institucional de subsídio ao valor por refeição no RU/UFTM, de resto largamente praticada em todas as universidades federais do país. O que muda de uma instituição para outra é a fonte e o alcance do subsídio.
A Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, por exemplo, conta com uma fundação exclusivamente dedicada à política de assistência estudantil (Fundação Mendes Pimentel - Fump). Lá, o valor da refeição para os estudantes vai de R$ 0,00 a R$ 4,15, segundo critérios e níveis definidos pela fundação.
De fato, nem o RU/UFTM, nem a política de assistência estudantil da UFTM, desfrutam do mesmo lastro da co-irmã de Belo Horizonte.
Sabendo disso, Fábio e Laura propõem uma via de rápida execução, que reduzirá o valor da refeição sem comprometer o orçamento da universidade. Trata-se do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse - SICONV, um portal de projetos dedicado aos programas ofertados pelo governo federal.
Através do SICONV, muitas instituições federais conseguiram baratear o valor por refeição. Algumas com contratos de até 10 anos. E os atuais gestores da UFTM sequer sabiam disso.
Subsídio via SICONV. É o nosso compromisso.
R$ 5,85 não dá! Subsídio já!
Comissão de Comunicação - UFTM/STN
Foto: ASCOM/UFTM.
Fonte: ASCOM/UFTM, Fump/UFMG, Gazeta do Povo, SICONV, UFOP, UFPR, UFRJ e UNIFESP-Diadema.
* NOTA DO EDITOR: De acordo com comentário postado em 18 de maio de 2014 (17:12), atualmente o valor por refeição na UTFPR-Curitiba é de R$ 2,50.
* NOTA DO EDITOR: De acordo com comentário postado em 18 de maio de 2014 (17:12), atualmente o valor por refeição na UTFPR-Curitiba é de R$ 2,50.
Quero até ver isso acontecer...
ResponderExcluirSimples, caro anônimo...
ExcluirBasta votar Chapa 1 - UFTM Somos Todos Nós.
Fábio, reitor, e Laura, vice.
Abraço!
Simples como a luz do dia. Oh, Glória!
ResponderExcluirSou estudante da UTFPR- Curitiba e o valor apresentado por vocês está errado. O valor cobrado atualmente no RU é R$ 2,50.
ResponderExcluirQue bom que os estudantes da tecnológica de Curitiba pagam ainda menos que os R$ 5,85 desembolsados aqui na UFTM.
ExcluirO valor já foi corrigido nas tabelas. No post referente aos R$ 5,85, colocamos uma nota do editor informando os R$ 2,50 na UTFPR-Curitiba..
Valeu pelo toque!
Abraço!